segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sobre aeroportos...

Passei duas horas plantada no aeroporto de Amsterdam hoje pela manhã...Apenas pra começar minhas férias bem. Fui buscar uma das minhas melhores amigas, a qual não ponho os olhos há quase 6 anos. Detalhe": ela chega somente amanhã!
Descobri o fato depois da minha segunda visita ao guichê de informações. Lógico que eu esqueci meus óculos em casa e não tive ''tempo'' de ler o itinerário enviado pela amiga por 3 vezes!
Então tive tempo suficiente para analisar e constatar que eu prefiro ser aquele que chega a ser o que espera. Não somente porque não me apetece a espera, mas porque se trata de um processo emocional.
Principalmente numa segunda-feira, os desfile de ternos e tailleurs é grande, o aperto de mão é seguido de um sorriso nervoso que tenta esconder o cansaço da viagem. Pude ouvir pensamentos do tipo: ''preferiria estar em casa de pijamas assistindo TV mas tenho que me convencer e convencer o Sr. também de prefiro estar aqui''. Ou melhor: ''que a gente tenha que conviver somente o tempo necessário para esta m... deste contrato seja assinado''. E assim vai...
Mas estavam lá as crianças com seus mini trajes coloridos, desenhos a próprio punho e aquela espontaneidade fantástica de quem não está nem aí. Assim como os cachorros, assim que avistam a avó a sair do portão, se jogam num abraço que vale o dia.
E por fim, os enamorados. Sempre presente 24 horas por dia em todos os aeroportos do mundo. Todos querendo reafirmar seus votos de amor. A principio achei cafona, mas quem ama é cafona pelo menos uma vez por dia. Tinha lá uma apaixonada que levou umas duas cantadas diretas, face-to-face, somente porque estava carregando um balão imenso escrito simplesmente: I Love You. Ela por sua vez se fez de surda, aguentou firme e encheu de beijos o escolhido. Ali mesmo na Chegada Nr.1.
A vida é um pouco como um aeroporto cheia de chegadas e partidas, mas as vezes na vida tem gente que vem pra ficar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tecnologia moderna = sentimento de macaco

Pois é, o nome do sistema do meu novo celular é Androide.
Poderia ser mais complicado, a resposta é não.
Que saudades do meu Nokia último modelo (primeiro a ser fabricado acho).
Um querido me roubou meu pobre telefone esses dias e ainda teve a audacia de atende-lo as 5 da manha pra dizer que pegou meu telefone quando a gente estava ''ficando''. Ve se eu posso! E disse isso pro meu namorado.

Entao, eu ja estava de olho num telefone daqueles super modernos. Tipo o I-phone, mas não o I-phone porque esse todo mundo tem e isso me enoja, mas por insistencia e persuzao do vendedor em questao, um turco (preciso dizer mais alguma coisa) comprei o tal do Samsung Galaxy, ultimo modelo.

Agora como usá-lo vou levar uns 30 dias pra aprender. Fora que eu fiz um seguro para esse daqui já que num se trata do meu saudoso Nokia, mas ele tem um sistema Androide.

Quer dizer, é um mini computador em forma de telefone. Faz de tudo, só café ainda num faz, mas aguardem.

Domingo recebi um amigo pra jantar e estava com uma certa dificuldade de contata-lo por telefone. A minha surpresa quando eu descobri que ele comprou exatamente o mesmo telefone que o meu. E ficou aliviado e se sentiu menos sozinho quando eu lhe disse quantas ligacoes havia perdido ate notar que voce tem que esfregar a tela pra esquerda para atender a ligação e para a direita para cancelar a mesma. Parece fácil né? Mas requer uma grande habilidade do dedão. Parece coisa de macaco...

domingo, 15 de agosto de 2010

Pelos olhos dos turistas


No verão Amsterdã é invadida por turistas dos quatro cantos do globo. Alguns mais relaxados, basicamente os que vieram pelas ''coffee shops'' e os produtos ali vendidos, as famílias em bicicletas da mesma cor, os grupos escolares principalmente da Inglaterra e aqueles que como eu gostam de sentir a cidade.

Costumo dizem que conhecer uma cidade e como conhecer uma pessoa. Tem as pessoas como Barcelona que parece que você sempre as conheceu e outras como Berlim que mesmo de pois de um fim de semana inteiro é possível de saber o nome de duas ou três linhas mas continuam frias e distantes.

Amsterdã está no meio termo, um pouco séria no começo mas depois de algumas horas no centro é como aquela prima distante que vira melhor amiga em meio dia!

Pois é, eu moro onde as pessoas vem fazer turismo. O dia-a-dia é tão rápido quanto o trem por aqui o que impede a gente de focar nos detalhes. Sejam eles a colcha de retalhos étnica formada pelos turistas, os artistas de rua ou os detalhes na arquitetura.

Esses dias voltando pra casa de bicicleta, já em outra velocidade, pude admirar os turistas admirando a minha cidade e fiquei feliz com a maneira pela qual eles contemplavam-a. Na verdade pelos olhos de um desconhecido as vezes vemos coisas que seriam ignoradas na nossa cegueira diária, o que me fez abrir os olhos pra uma nova Amsterdã.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O que passa na sua mente (vida)


Eu uso muito o Facebook por aqui. As vezes até demais. Foi meu companheiro no gélido inverno e me rendeu até um namorado, acreditem?

Mas o que me surpreende é como certas pessoas utilizam a comunidade social em questão.

Já li coisas do tipo: Hoje vou ter uma ovos com bacon pela manhã, ouvindo pagode por exemplo. Algumas horas depois: almoço gostoso com o fulano de tal e algumas outras horas depois: peixe no forno com cidra pra janta. Francamente eu não preciso saber da agenda da pessoa e de alguns detalhes como o molho que ele usou na salada...como diz a minha amiga Tatiana Hoffmeister: É, é demais.

Mas fora as bobajadas que até eu, vou fazer aqui a minha Mea Culpa, publico o que mais me chocou essa semana foi um colega de trabalho casado e com filhos colocar no seu status no FB que estava solteiro, até aí tudo bem, mas discutindo detalhes com seus amigos virtuais. Pra tudo tem hora e lugar...Não sei mas eu não consigo. Se é uma coisa minha essa coisa de só compartilhar minhas dores e alegrias com os mais chegados, mas certas coisas deviam ficar entre 4 paredes. Fica ridiculo ainda por cima.

Qual a minha surpresa quando hoje conferindo a mensagem deste mesmo colega eu vejo que ele foi de solteiro a "em um relacionamento, mas é complicado". Putz grilla...tudo bem que esse colega é venezuelano mas a coisa está para novela mexicana. E sinceramente, eu não quero ver os próximos capítulos, me dá vergonha por ele!

sábado, 7 de novembro de 2009

(Noite Estrelada - Van Gogh)


"Mas como cheguei aqui
os astros podem contar
no dia em que me perdi
foi que aprendi a brilhar

Eu vi
Virei estrela"

(Maria Bethania)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Abram as portas...


Sempre gostei de The Doors, mas hoje notei uma coisa muito interessante sobre a banda. Realmente as músicas abrem as portas da percepção como já filosofava Jim, é aquele, Morisson sabe. É só você ouvir uma música que te leva a outra e assim vai.

Como se a música deles tivesse algum magnetismo ou alguma energia desconhecida mas altamente contagiante.

Eu adoro rock e acho que é ele pode sim mudar o mundo e o eixo das coisas. Me faz desligar de tudo. Você não consegue se concentrar nos seus problemas ou na conta que tem que pagar amanha ou naquele cliente pé no saco. Aquele momento é você com você mesmo. Com tudo que você é e realmente acredita. Por isso é uma força movedora, extremamente poderosa.

Conheço a história do Jim Morisson, todo mundo sabe que ele tomou todas e que usou tudo que tinha que usar, escolha inteiramente dele. Mas o gosto psicodélico, essa liberdade de jogar com o desconhecido ficou impregnada na música do Doors. Uma música sexy, forte, bem elaborada...

Bem Lizard King (Rei Lagarto) hoje abri as portas da minha consciência pra ti nem que seja por 40 minutos e voltei a sentir a liberdade de não pensar em nada, mas de sentir. A gente pensa de mais e a vida podia ser bem mais simples. O que vocês acham? Somente "Love Me Two Times a Day" é suficiente pra mim. Acreditem, o resto é o resto...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

As duas velinhas de aniversário...


Geralmente as pessoas ficam melancólicas perto da data do aniversário. Eu não, fico feliz como se fosse o primeiro. Ansiosa..esperando o 30 de Outubro chegar feito criança. Pois é, refletindo esta semana sobre o assunto me dei conta de que gosto demais do meu dia porque fui ensinada nessa direção. De volta à velha infância me recordei de um livro que adorava e ainda gosto e que está em Tramandaí, na minha mesinha de cabeceira - As Duas Velinhas de Aniversário - Abigair Ramos. Minha mãe costumava ler ele pra nós (Eu+Simone) antes de dormir e eu adorava. Conta a história, óbvio, de duas velas de aniversário que passam poucas e boas na festa de uma menininha. Mas sobreviveram! Acho que é por isso que inconscientemente eu resgato sempre uma ou duas velinhas do meu bolo...

Por isso que todo dia 30 de outubro la estarei eu sempre, aconteça o que for...(e eu sei o do que estou falando!), sozinha com as pedras ou acompanha, comemoro, sempre porque cada ano significa mais uma vitória de nos mesmos perante a vida.

Adoro rituais e esse e um dos meus favoritos, por isso eu me celebro antes de qualquer um. Espero ansiosamente a meia noite do dia anterior pra começar a comemorar. Ja que tenho somente um ano em minha homenagem que sejam as 24 horas!


Tantas memórias gostosas vem na minha mente quando lembro desse dia e escrevo isso do trabalho ('e deveria estar trabalhando) com olhos mareados lembrando das festinhas aqui em casa, do negrinho (brigadeiro) feito por mim, dos discos da Xuxa tocando sem parar, cachorro quente da vó, dos concursos de beleza nos quais eu cantava Marisa Monte (naquele tempo já) e todo mundo ficava me olhando, pensando o que que é isso? Nas festonas, no Abbey (Menina Veneno nas minhas "bodas de prata"-25 anos e festa Anos 70. Quem viu meu pai de peruca comprida e meu avozinho querido do lado da caixa de som? E Alemão Ronaldo tocando?. Alternativo, pagodeira, a ultima com a participação do Lau. American Bowling (cantamos na primeira vez e na segunda alguém cantou pra nos)....Todas essas lembranças, todas estas caras e abraços, vivem no meu álbum de aniversário virtual...

Agradeço muito todas as pessoas que fizeram parte deste ano, que me ensinaram alguma coisa, que me estimularam a ser uma pessoa melhor, de todas as maneiras!