terça-feira, 12 de maio de 2009

Oh, I get by with a little help from my friends...


Fui visitar uma amiga hoje e na volta de bici, naquele momento onde nem você sabe por onde anda seu pensamento me lembrei desta música dos Beatles e resolvi falar de amizade. Desta coisa tão leve e tão forte ao mesmo tempo.

Sei que muito já se falou sobre o assunto mas quando a gente não tem a família por perto e que entendemos o valor da frase: amigos são a família que a gente escolhe...
Adoro a minha família...meus pais são um casal em plena adolescência e minha irmã minha total e completa alma gêmea...Sem falar no resto dos mais velho aos mais novos, gosto de todos pelos seus defeitos e qualidades. Mas os amigos uma força mágica coloca no nosso caminho.

Sempre em todas as minhas aulas da faculdade eu sabia que a pessoa que sentasse do meu lado no primeiro dia seria minha amiga pro resto do semestre e iria ficando na minha vida.

Aqui é terra de ninguém, somos todos estrangeiros e acho que até os próprios holandeses se sentem um pouco estrangeiros em Amsterdã. Pudera, também convivendo com mais de 100 nacionalidades diferentes. É a sede da ONU sem politicagem, com coffee shops espalhadas pela cidade e um bairro só pra elas.

Mas o que faz uma família de amigos? São as afinidades? A língua materna? Acho que não só por estes quesitos óbvios se forma um grupo de amigos mas pelo sentir que estas pessoas te darão o que elas podem no momento em que você precisa. E te dar a mão, um abraço, ajudar na mudança, comemorar datas importantes, comemorar sem data marcada, te ouvir ou só estar ali.

Ninguém é uma ilha..já dizia um escritor que eu nem me lembro o nome. A maioria dos bebes dos orfanatos não sobrevive sem calor humano, sem toque, sem um olhar, sem uma palavra de incentivo. Quem dera eu pudesse estar com todas elas. Quem dera elas pudessem ter amigos tão especiais e únicos como os meus.


P.S.: Só para o registro...minha amiga espanhola que eu fui ver hoje, tá com a boca imensa. Ela caiu depois de voltar de uma festa muito louca, a festa da lama. Quebrou o dente da frente...tá linda. Mas falou uma coisa tão linda quando a gente estava se despedindo que me fez escrever este texto extremamente sentimental. Ela disse assim: só vocês aqui já me fazem me sentir melhor...Será que eu estou naquele período de hormonios psicopatas?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Hoje eu sou aquela mulher...


Há alguns anos atrás tive um namorado que me disse, assim como quem não quer nada, que que ele queria muito conhecer a mulher que um dia eu viria me tornar...Claro ele foi meu segundo namorado e eu na altura das meus vinte e poucos, muito poucos, fiquei um pouco ofendida.

Agora eu sei e sinto o que ele quis dizer...

Para se tornar realmente uma mulher a gente tem que passar por uma série de experiências. Umas uma prazeirosas e outras nem tanto assim. Tem que conhecer os extremos da vida, dar a cara a tapa, ir ao encontro de experiências.

Ontem eu assisti ao filme do Jim Carrey o Yes Man!, esperando não muito, quem sabe uma diversão de fim de noite, mas a mensagem do filme apesar da história ser contada nos moldes hollywoodianos é muito forte. É tão forte que toma conta de todo resto. O filme conta a história de um cara que levou um fora da mulher e se enterrou vivo. Sempre tinha uma desculpa pra não viver novas experiências, pra literalmente ser o melhor cliente da locadora de vídeos (quem não passou pela fase da locadora de vídeos levante a mão...). Até um dia em que ele vai, carregado por um amigo, a um culto chamado Yes Man! e é obrigado a dizer sim pra tudo que lhe é proposto. E é aí no meio de muitas roubadas que ele encontra uma outra garota, aprende muitas coisas novas que lhe podem ser úteis no futuro (e elas sempre são) mas basicamente tem um encontro fantástico com ele mesmo.

Quem não se encontra não pode se doar por inteiro. Acho que a proposta de uma vida inteira é este encontro primeiro conosco e depois com o mundo. É saber que a gente nunca está sozinho quando tem a si mesmo. Que abre uma enorme gama de possibilidades quando tem o que dar. É ser bom e paciente consigo mesmo, porque só assim a gente consegue olhar para o todo, com nossos próprios olhos. Olhos que sempre se renovam, assim espero.

Hoje posso dizer que eu conheço esta mulher de que ele falava, não completamente, mas vai ser uma experiência e tanto passar a vida inteira tentando intende-la, uma charada fascinante...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tiramisu - (Mi è piaciuto molto...)


Chantilly:
• 500 ml de creme de leite fresco gelado
• 1 colher (sopa) de extrato de baunilha
• 5 colheres (sopa) de açúcar
Creme de Mascarpone:
• 2 colheres (sopa) de creme de leite fresco
• 4 colheres (sopa) de açúcar
• 1 pote de mascarpone italiano em temperatura ambiente
Licor de Café:
• 1 pacote de biscoito champagne
• 4 colheres (sopa) de açúcar
• 50 ml de rum
• 75 ml de café expresso frio


Creme de mascarpone: bata o mascarpone com o açúcar e o creme de leite na batedeira em velocidade média por 5 minutos.

Chantilly: bata na batedeira em velocidade média o creme de leite, a baunilha e o açúcar, até obter ponto de chantilly. Misture com o creme de mascarpone e reserve na geladeira.

Licor de café: misture numa tigela o café expresso, o rum, 500 ml de água e o açúcar até ficar homogêneo.

Disponha o creme de mascarpone com chantilly em tigelas individuais. Coloque por cima os biscoitos champanhe embebidos rapidamente no licor de café. Finalize com outra camada de creme de mascarpone com chantilly. Decore com cacau em pó e baunilha.

DICA:

Para substituir o queijo italiano mascarpone, misture cream cheese com creme de leite em lata, na proporção de dois para um.

DICA2: Para entrar no clima cozinhe ao som de Paolo Conte...o jazz man italiano, bom demais....

domingo, 3 de maio de 2009

Se nada der certo, eu viro hippie!


Pois é, o título da crônica de hoje é o famosos nome de uma comunidade do Orkut que eu acho o máximo: Se nada de certo, eu viro hippie!

O sujeito perde o emprego, a mulher deixa ele e ainda por cima ele está pra ser despejado do seu apartamento...aí ele decide se matar, mas antes (porque eles nunca vão sozinhos) ele decide prejudicar alguém bem famoso, em uma celebração pública e acaba matando 4 pra isso. Se você pensa que isso aconteceu no Brasil está muito enganado. Foi aqui mesmo, na Holanda, quinta-feira passada no Dia da Rainha na frente da excelentíssima e de toda sua comitiva.

Motivo...a crise, que é pauta de todos jornais por aqui quase que diariamente. Cada vez mais eu me convenço que eles não sabem o que é crise e muito menos não sabe lidar com o fato de que a perfeição do seu mundo financeiro vai ser atingida por uma onde fiscal.

Mas come on a estrutura, a base de toda organização desta sociedade é tão sólida, que é óbvio que esta crise é passageira. No Brasil vivemos em crise desde o descobrimento (fato descrito no brilhante livro de Laurentino Gomes sobre a vinda da família real portuguesa para o Brasil - vale a pena ler!). Nascemos em plena crise lindas! Como diz meu cabeleireiro aqui que é brasileiro também e sabe muito bem o que é inflação. Por isso que eu tenho vontade de rir quando os europeus começam a falar de crise como se fosse o fim das férias duas vezes por ano e eu sei que não é, muda-se o roteiro das férias, mas aqui elas são sempre garantidas!

É a ameaça a essa equação exata em que eles vivem pode significar o fim dos tempos. Como um amigo italiano comentou estes dias que enquanto eles discutem quantos milhões vão fazer a menos ainda tem gente morrendo de fome na África. Realmente a mundo não olha pro lado certo. Alguém devia promover excurssoes para o Paraguai pra demonstrar quais são as condicoes de trabalho subhumanas de uma criança de 4 anos, descalça e no meio da rua vendendo bala porque senão ela não come a noite. Falta de opção, isso sim é que é crise...o resto é bobagem. Se nada der certo a gente já sabe como bom brasileiro que o negócio é ir pra beira da praia vender pulseirinha feita a mão...ao menos a vista do escritório será boa demais!